Exercício e Saúde: Treino Cardiovascular e/ou Treino de Força?

Na minha opinião, é da conjugação entre estes dois tipos de treino que a população
em geral poderá retirar maiores benefícios para a sua saúde.


Talvez, e nunca é de mais recordar, começaria por enumerar alguns dos benefícios de
uma prática regular de actividade física. De entre muitos existentes, recordo estes:


- Importante na prevenção dos factores de riscos associadas às doenças
cardiovasculares;
- Controlo do peso e diminuição da gordura corporal, sobretudo a abdominal;
- Preserva ou aumenta a massa muscular;
- Previne ou melhora a hipertensão arterial;
- Preserva ou aumenta a massa óssea prevenindo a osteoporose;
- Fundamental na prevenção e tratamento da diabetes tipo II;
- A nível psicológico: reduz o estado de ansiedade e stress e melhora a autoestima
e auto-confiança.


O treino de resistência cardiovascular ou cardiorespiratória, como lhe queiram chamar,
compreende um estímulo aeróbio contínuo ou intermitente de 20-60 minutos. A
duração depende da intensidade do exercício, sendo estas variáveis inversamente
proporcionais.

Tendo por base este tipo de treino e conciliando-o a uma exercitação muscular, para
mim chamar-lhe-ia treino da força que não significa obrigatoriamente musculação, é a
chave para uma melhoria da saúde e condição física associada.
São necessários níveis mínimos de força muscular para cumprir tarefas da rotina
diária, para manter a independência funcional dos idosos e realizar actividades físicas
de lazer sem uma acumulação precoce de fadiga.


De entre muitos factores que relacionam o treino da força (resistente) e a saúde,
destaco:



- Níveis mínimos de força diminuem a incidência de lombalgias, fracturas
osteoporóticas e lesões músculo-esqueléticas;
- Melhora ou mantém a massa isenta de gordura e a taxa metabólica basal, as
quais estão relacionadas com o controlo de peso e a composição corporal;
- Melhora ou mantém a massa óssea;
- Retardamento natural da sacorpénia.



Depois desta exposição um pouco mais teórica, mas não menos importante, não
poderia deixar de dar o meu contributo com algo mais prático. Comprometa-se a:
- Fazer exercício na maioria dos dias da semana;
- Tente acumular cerca de 200 minutos semanais em actividade física;
- Procure exercícios que envolvam os grandes grupos muscular e o peso do seu
próprio corpo;
- Complete o seu treino aeróbio com um estímulo muscular: força de braços;
pernas; abdominais; lombares …
- Privilegie numa primeira fase exercícios com o peso do seu próprio corpo:
flexões; abdominais; lombares; agachamentos; pranchas; …;
- Sinta prazer e conforto no que realiza



Podemos concluir que estes dois tipos de treino, para além de estarem dependentes
ao coincidirem nos benefícios, são importantíssimos na melhoria geral da saúde e
bem-estar. Mas a questão mais importante para mim é que consiga ganhar hábitos de
vida saudável. Ao contrário de algumas organizações que consideram a Obesidade
como a epidemia do século, eu partilho da opinião que a epidemia do século é o
Sedentarismo, por isso…



Mexa-se mais e sente-se menos!



Nelson Valente
Licenciado em Educação Física e Desporto pela Universidade de Évora

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